sábado, 11 de dezembro de 2010

Senseless

abre-me os olhos e não enxergo nada além de ti
me recuso a deixar que algo me tome que não seja o calor dos teus braços me envolvendo
meu olfato renega qualquer odor que não seja o do teu hálito ao falar próximo do meu rosto
ou o teu cheiro, quando repouso em teu peito
em meu paladar, o sabor de teus beijos impera
em meus ouvidos, tua voz soa como a mais doce melodia
outra voz, outro som, desafinaria, destoaria, como um ruido insuportável
e agora que minhas mãos te buscam e não te encontro
pareço cega
surda
muda
totalmente sem sentido.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

...

rasgo o peito
não encontro nada
vazia, sangrando
tudo o que havia ali
foi levado embora
pelo anjo mais lindo
que já me envolveu com suas asas.